Bem, dias deste, liguei por engano para um grande amigo, Otoniel, Escritor e Artista Plástico, o papo começou mais ou menos assim:
- Alo quem fala;
- E Otoniel;
- Oto me desculpe liguei por engano;
- Grande Cesar como você me achou aqui neste interiozão da Bahia?
Bem, quando ele falou que estava no interior da Bahía, me veio recordações, certa história contada por ele que teve o seu desenrolar também no interior da Bahia, quando levantava dados para escrever um livro sobre o Velho Chico(Rio São Francisco).
Conta ele, que nas andanças por este mundão de meu Deus, já cansado de fotografar, subir e descer morros e encostas do rio, anotar características das redondezas, dando continuidade as suas explorações para conhecimento e embasamento às suas escritas, resolveu pernoitar num desses recantos esquecidos do interior da Bahía, adentrou a única pensão do lugarejo solicitando um quarto onde poderia descansar e passa a noite, quando obteve uma resposta não muito agradável do atendente, me desculpe senhor, mas não dispomos de vagas no momento, mas, ele poderia passa a noite no quarto de Toni Cleide uma das filhas da dona da pensão, bem pensou ele, com esse nome é preferível passa a noite no carro, e assim o fez, combinando com o atendente que pela manhã iria tomar café nas dependências da pensão.
Na manhã seguinte lá estava ele tomando café quando vislumbra uma belíssima morena descendo as escadas, seios firmes, cintura bem adornada, quadril arredondado uma pintura de criatura(uma pintura mesmo eu vi o quadro que ele fez da criatura)de uma simpatia a toda prova, estava ele absorto em seus pensamentos quando ouve o atendente chamando;
- Toni Cleide,
- sim disse ela,
- este é o senhor que eu lhe falei ontem à noite,
- é uma pena que o senhor tenha escolhido passar a noite no carro, daríamos um jeito para acomoda-lo no quarto com certeza.
Oto deu graças ter decidido dormir no carro, pois continua casado até hoje.
Como diria um amigo, a vida é realmente bela.
